A escola
dos meus filhos tem um método ótimo, que só começam as provas a partir do 4º ano, o que dá um certo alívio para os pais e um falso tempo para nos
prepararmos para esse chato início.
Juro
que sou super contra provas, mas quem sou eu na fila do pão, né? Eu que
encontrasse uma escola que usa outros métodos de avaliação (que eu sei que tem
e além de provas, também não tem lição de casa!!!), mas como eu AMOOOO
a escola deles, adoro o método de ensino e os valores que eles passam, além do fato de não ter uma dessas por aqui, vamos
aceitar que dói menos.
Beleza,
aceitando tudo, eles ansiosos com a primeira semana, recebemos o roteiro de
estudo (não digo que eu amo? A escola manda roteiro com as páginas que tem
MESMO que estudar, além de umas dicas. Ainda bem que não é como na minha época,
que a professora dizia: vai cair TUDO!) e as datas. Organizei como seria, eles
também médio se organizaram e pouco entenderam como era esse lance. Achavam que
era só lerem as páginas e pronto! Tipo lição de casa.
Pensem que situação SIMPLES, 4 crianças de 9 anos estudando para a PRIMEIRA prova da vida!!!!! Um cutuca o outro, rola piadinha, mil risos, umas brigas no
meio, batuque, música e uma mãe tentando botar ordem naquilo.
“Gente,
a responsabilidade é de vocês, vocês precisam entender isso. Muito melhor
chegar preparado, é sua única obrigação (quem nunca ouviu essa??)” e blá blá
blá... Fiz provinha para avaliar se tinham dúvidas e não é que no meio daquele “caos”,
eles realmente estavam super preparados?
O
principal problema somos nós! Quem cria as expectativas e o “monstro” da prova
somos nós.
Deixei
na escola com a conversa de fazer com calma, reler antes de entregar, não
deixar nada em branco, lembrar que está preparado e seguro. Eles desceram nem
ligando que iam fazer a PRIMEIRA prova da vida!
Chegaram
em casa animados, seguros, ansiosos com a correção, com a nota, conferindo
entre eles as respostas para alguma dúvida que tiveram, absolutamente leves e
felizes!
Eu
continuava estressada, pois era apenas a 1ª de uma semana inteira.
Mesma
briga diária, até que também relaxei. Se eu vivo dizendo que a responsabilidade
é DELES, tenho que deixar mesmo que seja. Mostrar que deve ser feito, mas fazer com que eles entendam que a obrigação e a consequência é deles! “Vai estudar? Que bom! Não vai? OK!”
Todos
estudaram, cada um o que achou que precisava, foi menos sofrido pra mim e pra
eles. Falei que eles sentiriam na prova e iriam descobrir a necessidade de mais
ou menos dedicação.
SOBREVIVEMOS!!!!
Eis
que chegam as notas e eu quase MORRO DE ORGULHO e de FELICIDADE!!!! Todo mundo
com notas MARAVILHOSAS, desempenho exemplar, seguros de si e felizes com o
retorno.
UFAAAA!
Eu tinha brincado que iria pedir para o juiz uma autorização para eles não
irem mais para a escola, que seriam criados em casa, sem provas, só com amor e
grito! Não foi preciso! Vencemos mais uma e estávamos livres!!!
SÓ QUE
NÃO!!!! Um mês depois, uma nova semana de provas.
Oi?????
Como assim??? Nem me recuperei ainda e lá vem tudo de novo.
A gente
passa anos na escola, faz lição, briga com os pais, estuda, escolhe a
profissão, mais anos na faculdade e acha que se livrou, mas é pura enganação!
São alguns anos de descanso, pra você começar com força total, do “lado de lá
no balcão”.
Preparem-se: a vida escolar NÃO ACABA QUANDO TERMINA!!!