Hoje uma
amiga minha postou um texto no facebook, de uma mãe que se dizia preguiçosa,egoísta e despreocupada.
Claro,
como tudo o que tem acontecido no face, em poucos minutos um monte de mães comentou
o post com críticas, compreensão ou curiosidade mesmo. Depois de ler, também
entrei para a turma das mães dos comentários.
Foi então
que resolvi escrever esse post, pois comecei a questionar algumas decisões de
mães e palpites das palpiteiras de plantão.
Ninguém
sabe a necessidade e/ou a vontade da outra. Esse filho é meu, nasceu do meu
ventre e será criado na minha família, então NÃO faz sentido ele seguir o que
VOCÊ acha que é bom pra ele, certo? Certo!
Tive a
sorte (depende do ponto de vista de cada um. Rsrsrs) de ter engravidado de 4,
assim, pouquíssimas pessoas tiveram coragem de se meter na minha forma de
conduzir a maternidade. As mães de filho único bebezinho, então, me viam como
algum tipo de Deus. Sempre diziam (ainda dizem) que me admiravam, como eu
conseguia e blá blá blá. Nesse ponto, ótimo, pois essas são as que mais palpite
dão, pois as mais velhas já esqueceram muita coisa da prática.
E então 36dias após a UTI, finalmente fui para a casa com 4 bebês e oficialmente me
tornei uma mãe de primeira viagem. Minha primeira viagem já foi bem longa, com
várias escalas e conexões, que me fizeram ficar expert em viagens, né?
Implantei
a MINHA rotina, as MINHAS regras e a MINHA forma de maternar. No dia a dia, nas
dificuldades, que iria descobrir o que funcionava bem e o que precisaria mudar.
Logo na
primeira noite, cada um foi para o seu berço (depois de me informar no
hospital, na UTI e com meu pediatra), ninguém foi ninado no colo e nada
aconteceu! A única coisa que aconteceu, foi que deu certo, foi bom para todos e
seguimos dessa maneira até sempre! Já imaginou, se eu tivesse que ninar 4 filhos? Obvio que não, afinal, seria
enlouquecedor. Eles não conheceram essa outra forma de dormir, então, entendiam
que aquela era a hora e o único jeito que tinha.
Se não
choravam? Claaaaaro que choravam, já conheceu alguma criança que não chora?
Inclusive, esse é o sinal que está vivo, assim que nasce. Chorar faz parte da
vida de um bebê. Choro normal, de manha, não mata ninguém. Pouco tempo de
chorinho e cada um caía para o seu lado, dormindo tranquilamente.
E então, com
o passar dos meses, fui avaliando o que seriam capazes, o que podia ensinar,
para dar um pouco independência de acordo com a idade. Com poucos meses, por
uma questão óbvia de facilitar a vida de todos e agilizar a mamada dos 4, para
que eles não começassem o festival de choro, ensinei a segurar sua própria
mamadeira! Foi maravilhoso, minhas costas agradeceram e a fome deles tb! Assim
foi, com o passar dos anos. Aprenderam a comer sozinhos, a tomar no copinho, a
usar o banheiro, a tomar banho, a s vestir... cada coisa no tempo deles e no
meu, pois filhos precisam que alguém para guiar.
Até hoje
sigo com essa teoria, que coloco em prática diariamente. São independentes de
acordo com a idade deles (muitas vezes um pouco mais que amiguinhos da mesma
idade) e não sofrem nenhum problema psicológico, por acharem que negligenciei
em algum momento, pelo contrário, sempre querem fazer mais coisas sozinhos!
Hoje estão
com 7 anos, deixo que façam o café sozinhos quando me pedem e, muitas vezes,
ainda sou surpreendida com uma bandeja com tostex na cama. Com certeza um carinho desse, não viria de
filhos que não receberam amor ou foram negligenciados, né?
Nossos
filhos precisam crescer e quanto mais souberem e estiverem preparados, menores
serão as surpresas e dificuldades.
Acredite,
se ele aprendeu é porque foi capaz, não porque você foi preguiçosa e passou
para ele, uma “função” que era sua.
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