Imaginar que existe alguma possibilidade do seu filho ir para a
UTI Neonatal, após o parto dá desespero, né? Mas infelizmente, algumas vezes
acontece, por alguma intercorrência, que somente a UTI pode resolver.
No caso de uma gestação quadrigemelar, essa possibilidade é a mais pura
realidade, que a gente já é avisada assim que recebe o exame de POSITIVO e
prepara durante todo o pré-natal.
Para quem está nesse momento, já sabe que vai passar (como no meu caso,
por exemplo) ou conhece alguém que precise dessas ajudas, listei algumas dicas
para ajudar a enfrentar esse período de uma maneira mais leve.
1 – A primeira impressão, sempre será pior que a realidade, independente
da gravidade do problema. Os sensores, tubos, acessos, monitores, fios,
assustam.
Calma, no pele a pele, com dois monitores e todos os fios |
2 – Os monitores disparam muitas vezes por dia. Isso é normal, o que importa
são os números de controle que estão no visor. A enfermeira virá com calma,
você irá se desesperar, mas em poucos dias, estará controlando sozinha.
3 – Seja simpática com todos que puder você passará grande parte do seu
tempo lá e eles cuidarão do seu bebê. (essa dica não é exclusiva para a UTI,
ser simpática é sempre bom).
4 – Procure se relacionar com as outras mães, vocês estão passando pelo mesmo
momento, esse apoio é muito positivo.
5 – Verifique se o hospital que você está, tem área de convivência para
as mães de UTI, existem atividades muito interessantes de terapia, dicas,
orientações e até massagem.
6 – Não se preocupe, você não é a única que vai chegar e correr para o
prontuário, antes de ver o bebê, para saber sobre a última atualização do
médico. Principalmente do caso de baixo peso, quando vamos conferir cada grama
que ganham.
7 – Entenda que o bebê É SEU!!! Por mais maluca que possa parecer essa
dica, isso acontece e aconteceu comigo, muitas vezes perguntei se podia
tocá-los. A separação por um acrílico, o toque pelo buraco, o pouco contato e a
intimidade e segurança das enfermeiras com o bebê, faz com que a gente se sinta
distante. É seu e o contato é importante!
8 – Inicie o quanto antes o pele a pele. Converse com seu médico sobre
isso.
9 – Não se cobre sobre o leite. Estimule bastante, frequente o banco de
leite e faça ordenhas nos mesmos intervalos que o b
ebê mamaria. Se não der por muito tempo, não tem problema, é importante que você esteja tranquila e segura. O bebê está bem cuidado e não irá passar fome.
Aprendendo com o JP, primeira troca de roupa! |
10- Aprenda TUDO o que puder com as enfermeiras! Aproveite esse momento
para entrar na rotina delas, isso ajuda muito. Também teste com elas para
ganhar a mesma praticidade nos banhos e trocas.
11 – Não fique 100% do tempo dentro do leito, você precisa se distrair e
descansar um pouco. De tempos em tempos, dê uma volta, saia da UTI (de
preferencia do hospital), para voltar renovada.
dia da alta, depois de chorar na despedida, a felicidade |
12 – Você NÃO é louca, não se preocupe!!! Você vai esperar
desesperadamente pelo dia da alta, mas irá chorar e desejar (loucamente) levaras enfermeiras e os monitores.
Com o passar dos dias, você irá se acostumar com a rotina, o ambiente, o
cheiro e os barulhos. A UTI deixa de ser um bicho de 7 cabeças, um lugar que
impressiona e passa a ser sua fonte de esperança. A cada dia, após a conferida
no prontuário médico, a cada relatório com um pontinho que seja positivo, 1
grama adquirido, 1 ml a mais na alimentação, sua esperança se renova e você
ganha forças para enfrentar tudo de novo.
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