Meus
filhos estão na escola desde 1 ano e 4 meses, quando começaram no berçário e
deram início à vida escolar deles.
Em pouco
tempo, notei a evolução de cada um e vibrei com cada descoberta deles, tendo
cada dia mais certeza de que havia feito a escolha certa de colocá-los cedo na
escola.
O tempo
passou (mais rápido do que eu imaginava) e os rabiscos e pinturas sem formas,
deram lugar aos desenhos com sentido e histórias e bilhetes de eu te amo com assinaturas.
Porém,
como sempre digo que cada um é um, no aprendizado cada um tem o seu tempo e é
preciso saber respeitar, sem criar ansiedade em torno da criança, nem deixar
que ela se sinta inferior, se os irmãos estão na sua “frente”.
Aqui
em casa, como a dona da escola deles costuma dizer, tenho uma que é “um ponto
fora da curva”, a Sophia. Sempre muito agitada, curiosa e ansiosa na sala de
aula e em casa, ela surpreendeu a todos, principalmente a mim, que tenho um
comparativo em casa (sim, é impossível não fazer comparações mesmo que seja
apenas na minha cabeça), quando começou a ler com 4 anos.
Para minha
felicidade, os 3 ficaram super orgulhosos e felizes com o fato da irmã já estar
lendo, não teve nenhum problema, questionamento ou ciúme!!!
Começou,
aí, meu primeiro desafio para não interferir no desenvolvimento de nenhum
deles. Tinha que mostrar orgulho e parabenizar, sem exagerar para que os outros
não se sentissem mal, mas como tinha que dar mais atenção nas lições com os
outros, não podia deixar que ela se sentisse prejudicada de atenção, pelo fato
de já saber e achar que seria melhor regredir.
Mais uma
vez, para a minha felicidade, consegui dosar e tudo fluiu naturalmente. De
repente, o JP passou a formar silabas e também descobriu a leitura. Está tão
dedicado e feliz com o aprendizado, que inclusive incentivou a Laura, que está
quase.
Bom, ao
meu modo de ver, tirando o fato da Sophia estar muito avançada, percebi que os
outros estavam dentro do esperado e evoluindo rapidamente, exceto a Bibi, que
não vem demonstrando nenhum interesse.
Preocupada
com o desenvolvimento dela e com a possibilidade disso influenciar de alguma
forma negativa, procurei a escola, para saber se ela estava muito atrás de sua
turma.
Foi então
que entendi melhor todo o processo de alfabetização e o fato de respeitar o
tempo de cada um.
Antes de
tudo entendi, que o tal do Pré II ou G5, como chamam hoje, não corresponde ao
nosso pré, eles estão uma série a frente comparado à minha época, ou seja, o
ano que vem, no primeiro ano, estarão, na verdade, passando para o Pré II. Com
isso, independente do quão evoluída ela está, ainda assim está bem a frente do
que éramos nessa idade.
Depois
dessa explicação, também entendi que a alfabetização é concluída no terceiro
ano (nossa segunda série) e, aí sim, se a criança não tiver acompanhado a
turma, deve receber uma atenção especial, uma dedicação maior e um esforço mais
severo.
Por fim,
vi as lições dela feitas em sala e descobri que ela sabe muito mais do que
mostra aqui em casa, ou seja, a preguiça e a síndrome de caçula, pensando que
sempre terá alguém para fazer antes pra ela, estão muito presentes em casa.
Após essa
reunião, voltei com ainda mais certeza de que todos estão no caminho certo,
priorizando suas descobertas e seus interesses e, principalmente, respeitando o
seu tempo. Eles e eu!
SOPHIA LENDO HISTÓRIA DA ARARA PARA O BUZZ DORMIR