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segunda-feira, 13 de outubro de 2014

O NOSSO QUINTO DIA!!!

Dia 28/09 foi o nosso dia, o aniversario deles e o meu nascimento como mãe. O dia que eu me transformei, que eu deixei de ser apenas a Caú mulher, amiga, filha, jornalista, para ser mãe, a mãe dos quadrigêmeos, meu primeiro e melhor adjetivo desde então!
Foram 1825 dias – 5 anos -  muito, mas muito bem vividos, inesquecíveis e de muito aprendizado!

Era segunda-feira, não tenho tanta certeza, já que o tempo não fazia a menor diferença naquele momento, mas acho que estava um pouco nublado. A ansiedade tomava conta de mim, mas era balanceada com muita calma e tranquilidade da certeza de que tudo daria certo. A ansiedade era para conhecer os quatro que mudariam para sempre e radicalmente a minha vida!
Primeiro chegou a Sophia, as 11h49, depois o João Pedro, a Laura e a Bibi, em um intervalo de 5 minutos.
Depois do festival de choros, da forte emoção ao conhecê-los e do alívio e gratidão de saber que todos estavam bem, começou a fase da UTI, que já registrei algumas vezes aqui no blog.
Naquele momento, junto com eles, nascia uma mãe. Ainda assustada com tanta informação, insegura com o tamanho daqueles pequenos indefesos, perdida com a organização nos cuidados, mas com uma força e determinação que nem eu mesma sabia que tinha.
E, os primeiros 36 dias da minha vida como mãe, foram naquele mundo estranho de UTI, separada deles pelos buracos das incubadoras e alertada pelos apitos dos monitores. Enfim, a alta, meus pequenos em meus braços e uma grande jornada pela frente.
De repente, num piscar de olhos, passaram-se 1825 dias ou 60 meses ou 5 anos... Sabia que seria rápido, mas não imaginava que meus bebês se tornariam crianças nessa velocidade.
Nesse tempo passamos por momentos de desespero, momento de muito otimismo, vontade de chorar, sumir, de comemorar, de gritar, de morrer de amores, de sono, enfim, sentimentos intensos para crescermos juntos!
Hoje (no dia 28/09) eles completaram 5 anos! Já são muito mais independentes do que eu imaginei, antes de ser mãe, que uma criança nessa idade seria. Me ensinam a amar cada dia mais, a sorrir de besteira, a me divertir na praça sem me importar com a areia, a não suportar o barulho enlouquecedor e de repente me ver gritando também, dançando com eles, fazendo besteiras e achando tudo lindo.
Estamos crescendo juntos, acertando e errando muito, mas carregando sempre a certeza de que estamos fazendo o nosso melhor no momento.
Em todos esses 1825 dias, não teve uma noite ou uma manhã que vocês não foram a ultima e a primeira coisa que eu pensei, que não foram os meus motivos para levantar ou deitar.
Fui escolhida para essa tarefa, não sei se era a pessoa certa (como dizem), mas vocês estão me ensinando que o amor é capaz de nos transformar em pessoas certas.
Filhos, que a vida seja leve com vocês, que cada dia seja sempre cheio de alegria e de carinho, que vocês consigam contagiar todos com o amor imenso que vocês possuem. Que sempre tenha saúde de sobra, sorriso de sobra e um mundo colorido para vocês viverem. Pelo menos enquanto eu puder, vou criar esse mundo, pois em mais um piscar de olhos, esse poder me foge das mãos e vocês estão adultos.

Parabéns! Parabéns! Parabéns! Parabéns! AMO MAIS QUE INFINITO!!!

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

JUNTO OU SEPARADO? CADA UM NO SEU QUADRADO!





Esse é um dilema que sempre vejo mães de múltiplos enfrentarem. Nos diversos grupos que faço parte, essa pergunta sobre a separação das salas na escola é uma constante.
Também tive essa dúvida por um momento (claro!), tive o medo da separação e a “peninha” de deixá-los em salas diferente.
Depois de conversar com a diretora da escola deles (que confio cegamente), acatei a decisão, mesmo ainda não estando 100% segura disso. Eles estavam acostumados a ficar juntos no berçário, mudamos de cidade, mudaram de escola, já viveriam grandes adaptações, ainda iríamos separá-los de sala? SIM!!
Depois de um tempinho de adaptação juntos e avaliação dela para ver qual a melhor forma de separar, ela me informou que havia colocado João Pedro e Sophia em uma sala e Laura e Beatriz em outra. Ponto pra ela! Ja fiquei ainda mais segura, pois sei que a avaliação foi realmente feita, já que essa sempre foi a divisão que eu fiz nos quartos em casa e ela alegou sentir mais afinidade entre essas duplas.
Para a minha surpresa, eles não sofreram nada! Muito pelo contrario, evoluíram ainda mais e tiveram um ótimo rendimento durante o ano.
Eis que terminam o maternal II e ela me apresenta uma nova separação: dessa vez, deixaria Bibi e Laura separadas. Pelo fato da escolar te somente 3 salas e ela não achar tão importante a divisão entre JP e Sophia, as duas passaram a enfrentar o primeiro dia de aula sozinhas.
Essa nova mudança já não foi tão difícil para mim, e com o passar do tempo fui percebendo a necessidade de individualizar cada vez mais eles.
Sempre busquei manter a personalidade individual de cada um, mas mesmo sempre perceber, acabamos tratando naturalmente como “um bando” e essa separação foi me alertando dessa importância.
Todo mundo enfrenta o primeiro dia de aula sozinho, conhecer os novos amiguinhos, se virar em conflitos, conquistar seu espaço, o que ajuda a gente a crescer e se preparar melhor para a vida adulta. Porque iria privar os meus filhos dessa importante formação?
Eles dormem no mesmo quarto, fazem tudo juntos em casa, brincam juntos na hora do parque na escola, mas cada um está criando sua vida paralela, seu mundo fora do conceito quadrigêmeos. Isso tem sido muito saudável para eles e para mim!
Hoje me policio para corrigi-los quando um só diz: “mãe, a gente quer fazer tal coisa.  – Não, você quer! Você não é um grupo.
Em pouco tempo eles já entenderam, inclusive esperam chamar o nome de cada um na porta da escola para sair. Só vem o que foi chamado.
O comportamento de qualquer pessoa muda radicalmente quando está em bando, isso não seria diferente com múltiplos! Se eles não se individualizarem, jamais conseguirão pensar fora do bando.
Devagar, as coisas estão mudando e tenho, inclusive,  sentido eles mais tranquilos.
Com as salas separadas, deixei que cada um escolhesse o tema da sua festinha de aniversário. Pode parecer pequeno, mas foi uma grande conquista e felicidade para eles!
São pequenos detalhes, que nós que não viemos do mundo múltiplo, não sabemos, mas que fazem uma enorme diferença na personalidade e identidade de cada um.


- VALE LEMBRAR QUE ESSA É APENAS A MINHA OPINIÃO DE MÃE!! USEI COM OS MEUS FILHOS E ESTOU COMPARTILHANDO. NÃO SOU PROFISSIONAL  E VIVO APRENDENDO COM ELES, COM MEUS ERROS E ACERTOS -  

terça-feira, 3 de junho de 2014

SIM, VAI TER COPA!!

Pronto, todo mundo já sabe que vai ter copa e fim!
No Brasil vai ter copa e lá em casa também!
Estamos entrando no clima dessa festa, que sempre fez parte de minha vida e de muitos brasileiros. Vamos torcer, vamos fazer festa e não vou poupar meus filhos de viverem isso, por erro de milhões, que decidem protestar na hora errada.
Minha turminha adora o Fuleco, a Brazuca, tem álbum da copa e já está ensaiando o hino com muita animação.
A bandeira já foi lavada, as camisetas estão separadas, assim como bonés e cornetas, como sempre foi.
Lembro da primeira copa deles, todos bebês, lindinhos uniformizados, e eu não pude estar junto pois estava trabalhando durante os jogos. Dessa vez não perco a chance! Vou adorar viver tudo isso ao lado do quarteto mais lindo e animado deste Brasil!
E vamos para o Hexa, pra pelo menos valer a pena toda a palhaçada criada em torno deste evento bilionário e desorganizado!!

Vai Brasil, dá um show que minha turminha está ansiosa esperando!!!


sexta-feira, 30 de maio de 2014

UM OVO, DOIS OVOS, TRÊS OVOS ASSIM… E MUUUUITO CHOCOLATE

Mãe, amanhã é a páscoa?
Durante mais de uma semana ouvi essa pergunta, insistentemente, dos 4!!
Assim como eu comentei sobre o Natal, este ano a páscoa também teve outro sabor. Essa fase de descobrir as festas e os sentidos de cada data, é bem interessante. Tudo muda muito, principalmente para nós, adultos, que passamos a viver de novo o encanto das festas.
Finalmente eles fizeram a pergunta e eu pude responder – SIM!
A ansiedade foi geral! Quiseram dormir logo para acordar na páscoa, ficaram fazendo mil perguntas sobre o coelhinho, principalmente se o nosso, o Astolfo, também poderia fazer ovos de páscoa!
Fiquei me questionando sobre a fantasia e a inocência da criança: eles foram diversas vezes ao supermercado comigo, ficaram enlouquecidos com o túnel de ovo, escolheram um monte, pediram um monte, mas ao mesmo tempo estavam ansiosos com a visita do coelhinho! Falaram muito sobre o coelhinho passar em casa, se ele ia gostar do Astolfo, se ele iria esconder os ovos... Que gostoso isso!
Bom, enfim o dia! Acordei cedo e arrumei uma mesa linda, cheia de chocolates, ovos pintados recheados de confete (feitos carinhosamente pela querida Re, para a festa da sua filhota no dia anterior), cup cakes, chocolate, bolos e máscaras de coelhos!
Foi uma grande farra! É um super prazer decorar a casa para eles, eles dão muito valor, elogiam, olham tudo, reparam em cada detalhe e agradecem! Uns fofos!
Caça aos ovos, ovos da tia Manu, chocolates da vovó, da tia Sandra, da Wanuza... afff, dá-lhe barriga pra comer tudo aquilo!
Claro que eles quiseram abrir um ovo cada um, pegaram uma banda e saíram comendo como se fosse uma barrinha!
Passaram o dia pulando com máscara, brincando com o Astolfo e se lambuzando de tanto chocolate.

Mais uma data devidamente comemorada, para o mundo de fantasia do meu quarteto!





















terça-feira, 6 de maio de 2014

MAIS UMA MATÉRIA DO QUARTETO!!


Acompanhe essa matéria fofa que o pessoal do Canal Bebê, do youtube, fez comigo e com a turminha!
É só clicar e se divertir com as graças e bagunças deles!



quarta-feira, 30 de abril de 2014

MÃES DE UTI

Ontem assisti mais uma matéria sobre mães de UTI, que me fez voltar exatamente ao dia 28/09/2009 e aos 36 dias seguintes.
Toda vez que vejo alguma coisa sobre isso, não consigo conter a emoção, parece que toda a angustia e ansiedade voltam. Dá um aperto no peito, aquele nó na garganta e as lágrimas caem compulsivamente.
Como sei que muitas mães que acompanham o blog estão nessa fase ou ainda vão passar por isso (já preparadas pelo médico e avisadas desde o dia do teste de gravidez), decidi escrever este post, que mesmo antigo, parece sempre muito atualizado em minha memória.
Durante as 33 semanas de gravidez me preparei para a UTI Neo. Sabia que isso era inevitável e pensei que já sabia tudo sobre essa fase. Achei que não seria um grande desafio, afinal, passei meses de repouso, segurei 4 filhos na barriga e enfrentei grandes obstáculos. Idéia totalmente errada!
Essa fase é marcada por várias etapas, muita angustia, muita ansiedade e emoção. Momentos de alegrias, momentos apreensivos, choros e risos fazem parte do dia a dia da mãe de UTI.
A “estreia” naquele lugar totalmente novo, cheio de aparelhos e apitos, onde passaremos longos dias, até ultrapassar a porta da saída é o primeiro grande susto. Lavar as mãos duas vezes antes de entrar na área de UTI, passar álcool em gel, colocar avental, máscara e toca, como se fossemos um grande risco para aqueles de gerei com tanto cuidado e amor, dá uma sensação esquisita de distância, falta de intimidade. Não temos autonomia sobre eles, não sabemos o que pode ou não pode fazer. É naquele momento que recebemos todas as orientações e nos pegamos pedindo autorização para uma (AINDA) estranha, sobre o que podemos ou não fazer com nossos próprios filhos.
Olhar meus bebês tão miudinhos e indefesos, cheios de fios, esparadrapos e aparelhos ligados, os sustos do apitos dos computadores que controlam todos os movimentos, é insanamente perturbador.
Durantes alguns dias, ou até semanas, dormimos e acordamos com os apitos na cabeça, nos assustamos durante o sono e vivemos em estado de alerta. Depois nos acostumamos e até aprendemos a avaliar e manusear.
Próxima dura etapa: a alta da mãe! Ai como é duro ver todas as mães sorridentes, deixando a maternidade com seus bebês no colo e a gente saindo sozinha, com o olho inchado de tanto chorar na despedida, sabendo que deixamos os nossos pequenos naquela incubadora, sem os nossos cuidados.
A chegada em casa foi difícil. Circulei pelos quartinhos, olhei cada berço, como se não soubesse que seria assim. Chorei muito até cansar e dormir, mas a cada hora de mamada (no meu caso de tirar no banco de leite), aquela dor voltada e eu me sentia vazia.
Ansiedade para a manhã seguinte, para passar a tarde toda sentada olhando para incubadoras, pegando mini pezinhos e mãozinhas, rezando para que tenha engordado um grama e que não tenha nenhuma intercorrência.
Isso se segue durante todo o período de internação, mas aos pouco as coisas mudam! Os apitos já não incomodam mais, passamos a confortar novas mães que chegam, criamos laços com enfermeiras e funcionários do hospital, nos apioamos no banco de leite e vamos comemorando cada vitória.
De repente, o bebe vence a primeira fase, pode colocar roupa e sair da incubadora. Que sensação incrível! Pegar nosso filho nos braços sem pedir permissão, sentir seu cheirinho e amamentar. Quanto tempo esperei por esse momento!
Com o mesmo nó na garganta do início e lágrimas nos olhos, agradecemos à Deus pela primeira grande conquista!
E daí por diante, a angustia diminui e a ansiedade cresce.
De repente, todos estavam de roupa  (no período de incubadora, o bebê não pode colocar roupa, fica só com a fraldinha) e a alta se aproximava.
Treinada pelas melhores e mais cuidadosas enfermeiras, um misto de sentimentos me dominava.
A dependência do monitor era a primeira insegurança. Implorava para que me deixassem levar pra casa, não queria sair sem eles, depois descobri que TODAS as mães fazem isso, Ufa! Também queria levar as enfermeiras, mas agora era minha vez de assumir a minha prole e encarar o desafio.
Prontos para a alta, não tem como conter a emoção! Todas as outras mães que ainda passam pelo processo de mãos esterilizadas e avental, que me acompanhou por 36 dias, estão no corredor, para acompanhar aquele momento. Toda a equipe de enfermagem também se posiciona para aplaudir a saída. A comoção é geral! É um momento de confiança e esperança para quem fica e um fim de um importante ciclo para quem vai.
A sensação daquela alta vem à minha mente sempre que lembro desses dias, falo ou assisto algum programa, mas a certeza de que venci todos os obstáculos, todas as dificuldades e comemorei todas as vitórias, compensam o choro e me fazem comemorar cada dia com minha turma ao meu lado.

Mães que ainda estão passando por isso, acreditem em Deus e nas pessoas que estão cuidando dos seus filhotes. Não segure nenhum sentimento e tenha a certeza de que isso vai passar, mas que te acompanhará pelo resto da sua vida, como um sentimento de vitória e força.