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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

A Laura, a fono e a fala!

No post anterior, falei sobre algumas consequências da prematuridade. Não sei se a fala faz parte dessa consequências, preciso me informar direito com a fono, mas coincidentemente, vejo muitas mães de prematuros passando por procedimento fonoaudiólogo seja por língua presa, solta ou atraso na fala.
Bom, no meu caso, ou melhor, no caso da Laura ( a terceira que nasceu), ela sempre ficou com a linguinha para fora da boca, como um filhote de cachorrinho.
As pessoas viam e achavam bonitinho, engraçadinho, mas eu questionava isso. Não era normal manter a língua sempre pra fora da boca, mesmo que fosse uma pontinha.
Também ainda recém-nascida, percebi que o céu da boca dela era mais profundo que o dos irmão, mas mesmo o pediatra como a dentista, me informaram que ainda era muito cedo para um laudo afirmativo.
Ansiosa e percebendo que ela falava diferente dos demais, levei, aos dois anos, em uma amiga fono.
Ela me orientou a aguardar, principalmente por que, normalmente, esses procedimentos são feitos a partir dos 4 anos, idade que a criança já desenvolveu mais o domínio da fala, já consegue acompanhar mais os exercícios e pode ter mudanças e evoluções.
Bom, com aproximadamente 3 anos e meio, ela passou por uma avaliação da profissional da escola. Claro que foi comprovado que ela precisava mesmo fazer as sessões, além de ter sido encaminhada para a dentista.
O céu da boca é mesmo mais profundo que o normal, por isso a dificuldade para diversas letras como o L, por exemplo, que precisaria que mais sustentação. Porém, o aparelho ajustar esse pequeno problema, só pode ser colocado a partir dos 5 anos.
Enquanto isso, ela vem evoluíndo muito rápido em cada consulta. Já se esforça muito para falar Laura, Lauricota, entre outras palavras. Engraçado que ela tenta muito mais o R que o L.
Quando começou o tratamento, percebi que o temperamento dela mudou radicalmente. Ficou agitada, nervosa e até mesmo agressiva. Conversei com a fono e a terapeuta, e elas realmente concordaram que essa mudança era decorrente dos dois trabalhos.
Com pouco tempo, ela tem se sentido mais segura para falar, virou uma grande tagarela e consegue colocar toda essa impulsividade, nervosismo, ansiedade e agressividade pra fora, através do diálogo e de música.
Crianças, principalmente nessa fase, tem muita facilidade para aprender e corrigir pequenas alteraçoes ou diferenças que possam ter. Por isso sempre digo para as minhas amigas mães, que as vezes questionam essa preocupação como se fosse um excesso: quanto mais cedo fizerem, menor no sofrimento para ambos os lados - pais  filhos.


terça-feira, 20 de agosto de 2013

Prematuros pra sempre?

Uma vez ouvi que a ignorância é o segredo da felicidade! Em alguns casos, tenho certeza que essa frase está certa, como na minha gravidez, por exemplo.
Desde que tive a surpresa notícia que estava grávida de quadrigêmeos, fui informada que, por questões obvias, eles seriam prematuros. Até aí tudo bem, não fiquei muito preocupada com isso, pois não busquei muitas informações e "consequências" da prematuridade.
Sabia que, dependendo da antecedência, existia a preocupação com o pulmão, a importância do peso e de segurar o máximo que desse na barriga, pois na reta final, cada dia no útero era correspondente a 3 dias a menos na UTI. Além disso, também tinha conhecimento de um atraso na evolução, comparado a um bebê que nasceu de 9 meses, mas que essa diferença se igualaria a partir dos 2 anos. Ok!
Meus filhos nasceram super bem, apenas com baixo peso, ficaram 36 dias na UTI para engordar, mas não precisaram se submeter a nenhum tratamento, nem ser entubado ou receber oxigênio. Tudo dentro do que eu esperava.
Desde então, nunca mais dei importância ao fato de serem prematuros, além do cuidado natural com bebês recém saídos da UTI.
Outro dia levei as crianças ao pediatra e descobri algumas novidades (não muito interessantes) sobre algumas consequências da prematuridade, entre elas a agitação de algumas crianças.
Detestei esas notícia!!! rsrsr
Conversando com ela sobre uma agitação fora do normal aqui em casa, para saber se existia algo que pudesse ser feito, ela me explicou que isso é típico em crianças que nasceram antes do tempo, pois eles não estavam prontos para saírem do útero, estavam quietos, no escuro, no quentinho da barriga da mãe e de repente foram retirados de lá! Esse processo já não é uma coisa natural, somado a isso, desde que nasceram foram exageradamente manipulados, "furados" para receber medicação, alimentados por sonda (que incomoda mesmo um recém-nascido) e incomodados toda vez que estavam dormindo, para que a enfermeira trocasse a posição de tempos em tempos.
Imagino que cada contraída para as centenas de picadas, cada susto quando foram acordados, cada vez que retiravam a sonda do estômago que tinha que ser recolocada, devam mesmo trazer reflexos para hoje, mesmo 4 anos depois.
Ouvindo toda aquela explicação, dei 100% de razão à ela, principalmente porque vivi os 36 dias dentro da UTi, acompanhando todos esses exemplos que ela me mostrou.
Com certeza a falta de informação e ignorância, nesse caso, me ajudaram muito a ficar mais tranquila e levar tudo numa boa, pois senão estaria sofrendo desde o dia que eles saíram da minha barriga, aguardando essa e outras consequências que eles carregarão pra sempre por terem nascido de quase 33 semanas.




segunda-feira, 19 de agosto de 2013

As personalidades e as mudanças

Faz tempo que não posto nada sobre rotina, dicas, a vida deles com o crescimento e outros temas, por isso decidi escrever esse post agora sobre as personalidades e a ajuda da terapeuta.

Bom, essa história de que todos os filhos são criados juntos, da mesma maneira, é pura bobagem. Ninguém é igual a ninguém, logo, a criação também não será exatamente a mesma. Cada pessoa precisa de algo específico. No caso de quadrigêmeos com tantas diferenças, são muitos "algos específicos", que com o passar dos anos fui identificando.
Coração de mãe é gigante, não faz diferença no amor de cada filho, é capaz de amar 1000 filhos da mesma forma, mas é impossível, que consiga dar toda a atenção, carinho, amor e, principalmente, a exclusividade que filhos sozinhos (não únicos, mas que nascem um de cada vez) recebem.
Por esse e por outros motivos, tento, da melhor forma possível, suprir todas as necessidades e mostrar para eles o quanto os amo, mas que sou uma só, que preciso me dividir pelos 4, que é maravilhoso eles terem o amor, a companhia e o carinho dos irmãos, que ser quadrigêmeos é demais, que eles sempre terão os melhores amigos em casa e, o mais importante, que nunca estarão sozinhos. Incentivo muito o amor, a amizade e o carinho entre eles.
Em busca de um maior índice de acerto que de erros, nesse aprendizado diário que vivo com eles, optei pela ajuda de uma terapeuta, que me atende e atende as crianças.
Primeiro foi a Sophia em uma consulta sozinha, pois é a mais agitada e, inclusive, estava atrapalhando um pouco o andamento da sala com essa agitação, animação e ansiedade pelas próximas atividades. Em seguida, o João Pedro foi avaliado junto com a irmã e depois os 4 juntos.
Cada um tem uma personalidade muito diferente, mas essa personalidade e as diferenças no comportamento, a maioria das vezes são moldadas dentro do contexto quadigemelar. E se isso já é complicado para mim, que sou adulta, imagine uma criança que está se descobrindo.
A terapeuta me passou o relatório e os "problemas" individuais de cada um.
Como já disse em outros posts, o JP é um príncipe, não dá trabalho, é super carinhoso e cuidadoso com as irmãs, obedece... Segundo ela, isso se deve (também) ao fato dele ser o único menino, não precisar se destacar e nem competir com outro. Naturalmente ele já é diferente delas (obvio!) e mimado por elas!! Isso dá uma certa calma a ele, por isso, ela não viu necessidade de fazer um acompanhamento.
A Sophia, a primeira que me fez procurar ajuda pelo seu comportamento, tem uma agitação que é natural dela, claro, mas ela ainda não havia encontrado seu "papel" dentro do grupo. Ela tentava se destacar e criava uma certa ansiedade, agitação... Hoje já está bem mais centrada, calma com os irmãos, mais carinhosa do que já era, inclusive teve alta da terapia!!!! Fiquei muito feliz em ver o rápido resultado e as mudanças visíveis que ela teve, inclusive (e principalmente) na escola.
A Laura também precisou passar pela terapia, pois era outra que estava ainda tentando se encontrar no contexto, mas diferente da Sophia, para buscar uma exclusividade, ela acabou se infantilizando mais que os outros. Não sei se por causa da fala (ela tem língua "solta" e o céu da boca muito profundo, o que  dificulta a fala, mas isso vai para outro post) ela acabou ficando visivelmente mais infantil que os 3. Além da infantilidade, a Laura também tinha uma agressividade impulsiva. Bastava ser contrariada que ela explodia. Também, muito rapidamente, já notei grandes diferenças e evolução no comportamento dela. Hoje ela está bem mais calma, carinhosa e, inclusive, boa e prestativa com os irmãos, mas ainda continua na terapia.
A Beatriz, que nunca havia demonstrado nenhum problema, até mesmo na avaliação da terapeuta ela era (das meninas) a mais bem resolvida, talvez pelo fato de ser bem menor que eles e eles a diferenciarem sempre por isso, hoje é a que está mais precisando. A semana que vem ela vai começar no horário da Sophia.
De uns tempos pra cá, ela passou a ser muito grosseira e autoritária em sua forma de falar. Me peita o tempo inteiro, se acha a dona da verdade e da razão, não respeita nem obedece ninguém e não tem a menor personalidade. Essa falta de personalidade me preocupa um pouco para um futuro próximo, pois ela imita os irmãos o tempo todo, em TUDO. Fala exatamente a frase que eles falam, faz a mesma brincadeira, espera eles decidirem o que vão tomar e comer para dizer que quer a mesma coisa. Tenho certeza que rapidamente ela se reencontrará.

E a cada dia uma mudança, uma novidade e uma vida com alegrias e surpresas múltiplas! Estou crescendo e aprendendo com eles como se vive nesse universo quadrigemelar, enfrentando as dificuldades e comemorando os acertos, que sem a mínima modéstia e com muito orgulho, tenho plena certeza de dizer que são muito maiores que os erros!

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

REGISTROS DA PRIMEIRA PARTE DAS FERIAS

Com essa vida virtual, acabamos perdendo o hábito de imprimir as fotos, por mais que tentamos guardar registros em álbum, muitas vezes momentos lindos passam batido.
Pra isso, montei um com alguns dos melhores momentos!

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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

AS FERIAS DO QUARTETO!

A expectativa para a chegada desse dia estava grande, mais da minha parte do que da deles, confesso, pois estava meio assustada com todos esses dias em casa, sozinha, com a turminha.
Estou sem babá desde fevereiro (devo dizer que tem sido uma ótima experiencia), meu marido não estaria aqui, nem minha mãe.
Comecei a fazer vários planos de programas para entretê-los nesses dias, mas mesmo assim imaginei que seria muito difícil.
Tenho que contar que a expectativa criada foi ótima, pois como toda expectativa gera decepção, no meu caso não foi diferente, os dias foram deliciosos e muito, mas muito mais fáceis do que eu esperava.
Logo no primeiro final de semana, o Je sugeriu que fôssemos para a praia, para a casa dos pais dele, que seria gostoso para as crianças e pra gente.
Logo de cara não me animei muito com a ideia, pensei na distância, já que estamos no interior, no fato de estarmos nas férias de julho e chover muito na praia nessa época, na confusão que faria na casa dos avós, enfim, coisas que toda mãe fica pensando nessas horas.
Mas depois de pouco tempo, reavaliei tudo e corri para arrumar as malas. No dia seguinte bem cedinho caímos na estrada.
Realmente, a viagem foi longa, porque com a ansiedade deles e agitação, além de não pararem 1 minuto no carro, tivemos que fazer 5 paradas para comer, banheiro, banheiro de novo...
Chegamos ainda com dia, eles ja desceram do carro a mil por hora, fizeram a maior bagunça, brincaram muito e perguntavam o tempo inteiro da praia. Estavam super ansiosos para ir para a praia, brincar na areia, entrar no mar...
Por muita sorte, no dia seguinte o tempo estava bom e conseguimos levá-los até a praia, acalmando um pouco a ansiedade. A Sophia não se importou com o vento e o frio e foi correndo para o mar, gritando para os irmãos dizendo que era super divertido.
Fizeram castelo, buraco, pegaram muuuita água no mar, se sujaram inteiros e se divertiram demais.
Tive a certeza que havia feito a escolha certa.
A hora de dormir ainda estava um pouco agitada, pois toda mudança mexe mesmo com a rotina de criança, além deles estarem dormindo todos no mesmo quarto, o que não fazem desde o início desse ano. Tirando isso, uma agitação enorme da Sophia e algumas bagunças que não queria que fizessem por estarem na casa da avó, tudo estava saindo dentro do previsto.
Mais um lindo dia de sol! Conseguimos ficar até as 17hrs na praia! Muita farra, milho, agua de coco, peixinhos e sujeira com água e areia.
Chegaram quase capotados e muito felizes!
Foi bom termos aproveitado esses dias, pois os proximos 12 dias foram de frio e chuva, mas não menos animado para eles.
Como estávamos próximos de SP, os dindos da Laura conseguiram ir passar o fim de semana com a gente, a vovó e a tia Bi também. A felicidade deles estava completa!
Passeamos de trenzinho pela cidade, fizemos churrasco, assistimos filmes, brincaram de fantasias na pracinha, pintaram muito nas folhas, no chão, nas paredes...
Todos os outros dias, criamos programas alternativos que divertiram tanto eles, que nem questionaram mais o fato de não estarmos indo para a praia.
Teve cineminha em casa com pipoca, caminhada pelo centro, almoço no restaurante japonês pela primeira vez, visita ao aquário de Santos que eles adoraram, lanche no Mc e muitas outras.
Tive que correr para comprar mais casacos, meia calça, calça e até gorro, mas isso não diminuiu a alegria deles.
Fizemos passeio de barco, brincaram na brinquedoteca do clube, jantamos fora e foi surpreendente!
Não costumamos frequentar restaurantes com eles, pois sempre foi um transtorno para controlá-los, mas

dessa vez eles se comportaram muito bem. Comeram direitinho, conversaram com a gente bem lindos, pareciam gente grande. Meus pequenos terríveis estão crescendo mesmo!
Depois de tanta novidade, chegou o dia de voltarmos pra casa. Eles amaram a viagem e os dias que ficaram por lá, mas achei lindo eles dizerem que queriam ir pra casa e que estavam com saudades das coisas deles. Até criança sabe que viajar é bom, mas voltar é melhor ainda.
A volta foi bem mais tranquila, só paramos uma vez para almoçar e banheiro e seguimos direto até em casa.
Chegaram correndo, gritando, de felicidade, procurando os brinquedos, pedindo para pegar as coisas deles...
Cansados com tanta coisa, depois de deixá-los matar um pouco a saudade de tudo, foi hora de capotar na cama deles, no quarto deles e com as coisinhas deles. Antes de deitar, o João Pedro falou para as meninas naquele tom provocativo de criança: "Hoje eu vou dormir sozinho no meu quarto!".  Lindo!!!
E assim foi uma parte das primeiras férias deles com gostinho de férias.



A bagunça na ida!