Uma duvida
e constante insegurança da maioria das grávidas, principalmente para as mães de
primeira viagem, é a amamentação.
Se para quem está esperando um bebê,
essa dúvida já é uma incógnita, para as mães de múltiplos então, parece como
algo quase que impossível de se realizar.
Quando engravidei, confesso que não
foi algo que me preocupou muito, principalmente porque, como citei acima, nem
imaginava que conseguiria fazer isso por um período longo, que tivesse alguma diferença
para o recém-nascido. Porém, estava super enganada! Além de descobrir que era
possível, me preparei muito para o momento e não tive nenhum problemas de
rachaduras, dores, leite empedrar, nada disso.
Como meus
filhos seriam prematuros, aproximadamente no meu quarto mês de gestação,
iniciei um acompanhamento com a Maria
Alvim, enfermeira de aleitamento materno, que me deu todas as dicas de como
produzir mais leite, como fazer a pinça, como me preparar para evitar os machucados
e como ter uma amamentação tranquila, algo muito importante também para o bebê, além dos nutrientes do leite materno.
Já
naquela fase, ainda com poucas semanas, comecei a hidratar e puxar o bico do
meu seio com LANSINOH, uma pomada a base de lanonina, que auxilia na
elasticidade e hidratação da mama.
Até
o dia do parto, fazia movimentos circulares passando a pomada e puxando
levemente o bico, para prepara-lo para a sucção do recém-nascido, que no meu
caso seriam sucções, de formas diferentes de pegadas.
No
período de APOJADURA, fase em que o leite começa a descer, fui orientada pela Maria Alvim a fazer massagens leves,
evitando nódulos que pudessem obstruir a descida do leite, permitindo que ele
empedrasse, causando dores e desconfortos.
Como
meus filhos nasceram com menos de 33 semanas e pouco peso, eles não podiam
mamar no peito imediatamente, até porque um feto só aprende a sugar a partir da
34 semana. Durante duas semanas, a alimentação deles foi através de sonda, em
poucos mls, começando com 3 mls a cada 3 horas.
Isso
até me deu uma dúvida se seria capaz de continuar produzindo leite suficiente
para eles, então passei a estimular cada vez mais, tirando no banco de leite a
cada 3 horas e em casa, mesmo durante a noite, acordando nos horários de mamadas
e congelando no vidro correto - de vidro com tampa de plástico.
Quando
foi possível iniciar a amamentação, quebrei mais um mito, o de que o bebê que
pega a mamadeira, não volta mais para o peito. No meu caso, essa afirmação foi
absolutamente falsa, pois os 4 mamavam na mamadeira e no peito, já que não
seria possível que eu produzisse leite suficiente para uma amamentação
exclusiva.
A
produção foi tão grande, que após a alta do meu quarteto, com 36 semanas, doei
para o banco de leite 16 garrafas.

Para
que isso fosse possível, além de tomar muitos litros de água, ainda alternava
entre alguns litros do CHÁ DA MAMÃE,
da
Weleda, também sugerido pela minha enfermeira de aleitamento. Consegui
amamentar por 5 meses e parei por opção, pois voltaria a trabalhar e não teria
tempo para amamentar os 4, já que durante a noite, dava só o complemento para
todos.
Seguindo
algumas dessas dicas, se hidratando e se alimentando bem, preparando o bico e
mantendo a tranquilidade, provavelmente você conseguirá oferecer ao seu bebê
uma quantidade significativa do seu leite.
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